A morte...

Ontem pelas 22:30 recebemos uma chamada. Tinha morrido uma pessoa conhecida, devido a uma doença prolongada! Tinha morrido, desaparecido para sempre, deixado de existir entre nós, deixado de existir... Sei, porque a experiência me ensinou, que vai continuar entre nós, sempre que pensar-mos ou nos lembrar-mos dela. Mas não a vamos poder ver mais. E de repente foi como se me tivessem dado um murro no estômago, como se me tivessem tirado o tapete. Não porque fosse alguém muito próximo, mas porque tem filhos com a minha idade e sei, e sinto que não vai ser fácil. E depois recordei o dia em que com apenas 9 anos tive de aceitar pacificamente a morte da minha avó, recordei o sofrimento que foi, lembrei-me que tive de crescer rapidamente para conseguir perceber o que significa a morte. Mesmo assim,ainda hoje a morte é algo que me assusta, que me deixa sem ar. E sei que este sentimento não vai mudar, porque simplesmente não consigo aceitar que tudo se resuma a um "deixar de existir para sempre", com tudo o que fica, com tudo o que se deixa ainda com tanta vida para trás.