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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Hoje não estou para mais conversas...

Eu até dou o benefício da dúvida, até gosto de acreditar que existe uma parte boa (competente) nas pessoas, mesmo quando todas as pessoas que já a conhecem dizem que não! O que fazer, eu sou assim, prefiro acreditar primeiro e depois logo se vê... Mas o problema é que depois apanho com cada banho de água fria que até dá pena! Então hoje estou assim, muito irritada.

Eu sei que não sou uma pessoa fácil, que gosto de dizer sempre o que penso. Mas também sei que a mim não me apanham a falar mal pelas costas, porque sempre defendi que se é para dizer diz-se pela frente. O problema é que há pessoas que não gostam deste tipo de comportamento, e até aí eu percebo. Ás vezes é preciso moderar o que se diz, e eu tenho feito um grande esforço nesse sentido. Contudo, quando a questão influencia o meu trabalho e o meu desempenho parece que fica mais difícil controlar o que está mesmo na pontinha da língua, e puf acaba por sair tudo o que as pessoas não querem ouvir.

Nesta situação, por aquilo que as pessoas não querem ouvir, entenda-se:
- as pessoas não querem ouvir que são péssimas profissionais e que ganham 2500 euros por mês estando a contribuir significativamente para os problemas económicos do país;
- as pessoas não querem ouvir que por terem tirado um curso à 30 anos atrás isso não quer dizer que não tenham de continuar a estudar;
- as pessoas não querem ouvir que estão completamente afastadas da prática porque estiveram 30 anos enfiados dentro de um gabinete sem sair à rua para ver como o mundo funciona;
- as pessoas não querem ouvir que eu não leio artigos de investigação com mais de 10 anos (a não ser que sejam de algum crânio) porque considero que o mais certo é estarem desactualizados;
- as pessoas não querem ouvir nada que lhes faça perceber o quão incompetentes são;
- as pessoas não querem ouvir que sendo meu orientador devem orientar-me e não ao contrário...
E por isso desligam-me o telefone na cara quando eu estou a explicar cordialmente que me estou a sentir completamente desamparada porque em vez de estar a ser orientada estou eu a segurar o leme do barco!

Dadas as circunstâncias hoje não quero mais conversas, porque o respeito é algo muito bonito e acima de tudo importante nas relações, inclusive nas relações profissionais. Não me lembro da última vez que alguém me desligou o telefone na cara, e pior do que isso não consigo imaginar uma situação em que uma pessoa responsável por outra demonstra tamanha infantilidade. Sim, porque para mim desligar o telefone na cara de outra pessoa é sinónimo de infantilidade e de dificuldades em lidar com os problemas.

Logo a constatação do dia é: "A relação entre idade e maturidade é realmente muito subjectiva."

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