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sábado, 3 de março de 2012

Sobre as relações... sejam elas de que tipo forem!

Se há alguma coisa que aprendi há muito tempo, é que as relações dão trabalho. Muito trabalho. Por isso sempre foi ponto assente na minha vida que queria poucas pessoas por perto. Queria somente aquelas que eu realmente tivesse tempo para amar, cuidar, estar, ligar, mimar. Sempre defendi que era melhor ter poucos amigos, mas ter tempo para eles. Ter bons amigos, daqueles que nos apetece sempre estar com eles. Daqueles que querem sempre saber como estamos, quer estejamos bem ou mal. Tanto apliquei esta política restritiva que os meus bons amigos (ou melhor amigas) contam-se pelos dedos das mãos... Muitas conheci há 10 anos atrás, outras conheci quando estava na universidade. Não gosto de todas do mesmo modo, mas adoro-as exatamente como são. Se entretanto conheci outras pessoas que podiam entrar para este grupo? É claro que sim. Não sou extremista e acho que podemos fazer amigos ao longo de toda a vida, ou apostar em novas amizades ou relações em qualquer momento. Desde que se sinta que vale mesmo a pena.
De qualquer modo, as relações de amizade não são as únicas relações que estabelecemos ao longo da nossa vida. E se essas merecem toda a nossa atenção, outras relações também o merecem. Aprendi-o agora! Sim, talvez já tarde. Falo das relações de trabalho, eu trabalho diretamente com pessoas, há pessoas que dependem de mim. Nunca as deixava à espera, tratava de saber sempre os seus nomes (embora sejam muitos), esforçava-me por estabelecer uma boa relação com elas. Mas a verdade, é que pelo menos num caso esqueci-me que tinha de continuar a apostar na relação do mesmo modo que no início... e as pessoas ficam magoadas quando sentem que já não estamos a investir tanto nelas (quer se trate de uma relação pessoal ou profissional). E foi isso que aconteceu. Magoei-as porque me esqueci que devia ter sorrido, mesmo quando estava chateada com outras coisas. Que devia ter perguntado como estava a correr o dia, mesmo quando estava mais preocupada com outras pessoas. Esqueci-me que lhes devia respeito, que era o exemplo, que tinha o dever de lhes dar a mesma prioridade que sempre lhes tinha dado. E quando é assim as pessoas queixam-se, e queixaram-se. E disseram (embora por outras palavras) que sentiam falta da atenção e da aposta na relação que eu já tinha feito. E eu aprendi! Aprendi que por mais que estejamos ocupados com as relações pessoais, não nos podemos esquecer das relações que se criam no local de trabalho. Porque independentemente de tudo, essas pessoas também dependem de nós. E os dias são curtos, e as preocupações são várias com tudo e todos, que nem me apercebi que já não tenho só de estar atenta aos amigos, à família e ao namorado, tenho de pensar também naquelas relações que, embora não tenham sido planeadas, já estão criadas. E são muitas, dão trabalho e não estavam previstas! Mas apesar disso tenho de lhes prestar atenção.

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